Sobre cultura, modernidades e feminices
quinta-feira, 16 de junho de 2011
Lenço, peça fundamental no guarda-roupa feminino
quarta-feira, 15 de junho de 2011
Métrica e Rima
A literatura de cordel é uma arte milenar que chegou no Brasil por meio dos portugueses durante o período de colonização. O nome está ligado ao fato de como eram comercializados em terras portuguesas, os folhetos eram pendurados em cordões de barbante e assim vendidos. O poema popular, que teve origem falada, é escrito em rimas e as estrofes mais freqüentes são as de seis, oito ou dez versos.
No Brasil a arte logo é remetida ao Nordeste, onde os próprios autores vendiam suas obras em mercados e feiras culturais. A literatura caiu no gosto popular e rompeu barreiras conquistando também o resto do Brasil.
Em Brasília, os talentos aparecerem cada vez mais um exemplo é o músico e cordelista Jairo Mozart, adepto da escrita. Com interesse em contribuir com a revitalização da memória nacional, não hesita em narrar momentos que marcaram a nossa história. Em entrevista com o autor, ele contou de sua preocupação com a alfabetização de crianças mais necessitadas, e vê esse tipo de literatura como um meio de ajudar no desenvolvimento escolar, afinal a leitura é de fácil compreensão.
Recentemente lançou o livro intitulado de A Saga De Rondon, o terceiro livro publicado do autor. Os primeiros foram A História do Cordel Conta em Cordel e Ser...Tão Veredas. “Procuro escrever sobre a identidade, patrimônio, meio ambiente e memória do Brasil”, conta Jairo.
A narrativa explica a trajetória de Cândido Mariano da Silva Rondon, mais conhecido como Marechal Rondon. Um exemplo de soldado que contribuiu no desenvolvimento do Brasil com instalação de linhas telegráficas e até hoje leva seu nome em projetos universitários.
Com pesquisa de mais de 34 livros e semanas trancado no Centro de Documentos de Exercito para estudar a vida de Rondon, Mozart desenvolveu o livro durante um período de um ano. Em poucas páginas, entre muitas rimas e boa escrita, a historia é contada.
Espetáculos estrangeiros ganham espaço em Brasília
No final de semana, dia 18 e 19, é a vez do teatro finlandês Keskusteluja. Sob um novo olhar, a peça engloba um conjunto de artes que vai de dança até malabarismo. “O show é uma mistura de várias linguagens. É versátil e visual” ressalta o curador.
E para fechar com chave de ouro a mostra, do dia 23 a 26, a peça alemã Deluiso entra em cartaz. “É um dos carros-chefes da mostra e uma particularidade da encenação é o uso de máscaras feitas pelo próprio grupo”, lembra Bertipaglia.
Serviço:
MIT - Mostra Internacional de Teatro 2011 – De hoje a 26 de junho, às 21h.. No Teatro do Centro Cultural do Banco do Brasil Brasília (Setor de Clubes Esportivo Sul). Ingressos: R$ 15 (inteira) e R$ 7,50 (meia). Verifique a classificação indicativa. Informações: 3310-7087. Não recomendado para menores de 16 anos.
terça-feira, 7 de junho de 2011
Shopping além das compras
segunda-feira, 6 de junho de 2011
Enxaqueca
Basta a visão de Larissa Moreira, 24 anos, começar a embaçar para
ela já saber que uma crise dolorosa está por vir. A jornalista faz parte
dos 20% da população que sofre com enxaqueca. Ela conta que tem
crises há cerca de quatro anos, mas foi há um que os episódios se
tornaram mais comuns e surpreendentes e começaram a preocupar a
jovem.
A neurologista Carla Jevoux ajuda a entender a doença: “A
enxaqueca é uma desordem herdada geneticamente, ocasionada por
disfunções persistentes do córtex e/ou outras estruturas cerebrais,
que se manifesta por crises de dor de cabeça e outros sintomas
acompanhantes". Outro especialista no assunto, Dr. Henrique Braga
completa: "Os fatores desencadeantes de crises mais comuns são os
de origem alimentar (queijos, chocolates, castanha, bebida alcoólica)
e de origem emocional como stress e ansiedade". É o caso de
Larissa, que diz que sempre que se preocupa demais, sabe que vai ter
crises. "Quanto mais eu me estresso, mais eu vou sentir as dores. Em
mim, a enxaqueca se manifesta de várias formas" diz Larissa.
É fácil diferenciar uma dor de cabeça simples de uma crise de
enxaqueca. Os principais sintomas são dores intensas e
unilaterais, que se manifestam de maneira pulsátil ou latejante. As
dores podem vir acompanhadas também de náuseas e fotofobia e
fonofobia, que são, respectivamente, sensibilidade excessiva á luz
e ao som. Outros sintomas comuns são distúrbios visuais, disfunção
cognitiva, fadiga, sensibilidade à odores e toque.
A doença pode se manifestar ainda na infância, quando a incidência
de casos entre meninos e meninas é praticamente igual. A partir
dos 12 anos, no entanto, quando a mulher passa a menstruar e
tem uma variação hormonal, a prevalência se torna maior nelas e
começa a afetar na qualidade de vida. De acordo com critérios da
Organização Mundial de Saúde (OMS), a migrânea encontra-se entre
as 20 doenças mais incapacitantes do mundo (19ª causa entre adultos
de ambos os sexos e 12ª causa entre as mulheres). Essa avaliação
levou ao reconhecimento da enxaqueca como uma doença que afeta
significativamente a população.
Os tratamentos, no entanto, não são apenas sintomáticos. Depois
do diagnóstico feito, medidas preventivas podem ser tomadas.
O diagnóstico da enxaqueca é clínico, ou seja, baseado nas
características dos sintomas relatados pelo paciente. Os exames
realizados são apenas para descartar a possibilidade de outras
doenças mais graves como tumores, aneurismas cerebrais e infecções
do sistema nervoso central ou sistêmicas.
Larissa Moreira, que procurou neurologista e psiquiatra para conseguir
dar um fim as suas crises cada vez mais frequentes e dolorosas, se
diz satisfeita. "O tratamento faz com que as crises se tornem cada
vez mais espaçadas e brandas, já que não há cura para a enxaqueca.
Para mim, está funcionando aos poucos. Depois que iniciei a
medicação, nunca mais tive fortes crises, apenas dores de cabeça
mais brandas, tratáveis com medicamentos leves" conclui.
A migrânea não tem cura, como dito anteriormente, é uma doença
crônica. Mas é possível conviver com ela se o portador tomar as
medidas certas. Os neurologistas Carla Jevoux e Henrique Braga
fazem coro ao afirmar que o melhor a se fazer quando as crises
começam a ficar mais frequentes é procurar um especialista e não se
auto-medicar.
Mitos e Verdades da Nutrição Esportiva
Segundo Luciane Félix, nutricionista esportiva e clínica funcional há nove anos, existem muitos mitos que relacionam a alimentação correta para quem quer atingir um objetivo com a malhação – seja emagrecer ou ganhar massa muscular. O primeiro deles diz respeito a fazer exercícios em jejum. “Muitas pessoas malham em jejum achando que vão queimar mais gordura. Isto, além de não ser verdade, é risco para quem pratica qualquer atividade. A pessoa pode sofrer uma hipoglicemia [baixa de açúcares no sangue] durante o treino, sentir-se fraco e até desmaiar. Além disto, também pode fazer a pessoa perder massa muscular” alerta a profissional.
Se engana também quem pensa que o carboidrato tem que ser evitado a todo custo. “Achar que só tem que comer proteína também é um equívoco. Quando realizamos atividades físicas, nosso corpo necessita repor energia e fibra muscular. A combinação ideal para adquirir isto é dar uma balanceada entre proteína e carboidrato, principalmente após os treinos”, afirma.
O estudante de Comércio Exterior, Marcus Vinícius Oliveira, 20 anos, nunca consultou um profissional, mas garante que não cai em armadilhas e mitos da nutrição esportiva. “Claro que é importante a ajuda de uma profissional, mas as pessoas que têm muita experiência na área, que malham há muito tempo, também podem ajudar”. Ele conta que no começo da musculação não se alimentava direito, mas começou a se preocupar com isso quando quis aumentar sua massa muscular.
Há dois anos, Marcus começou a malhar e confessa que já ganhou 20 kg de músculos, fruto de muito esforço e consultas aos amigos mais experientes, além de pesquisar sobre o tema na internet: “Vejo vídeos sobre o assunto em que especialistas e nutricionistas esportivos falam sobre alimentação correta e suplementação, por exemplo”.
Google Images
Luciane alerta para os perigos de “fórmulas mágicas”, que segundo ela não existem. Ela salienta que os bons resultados estéticos são a combinação perfeita entre a prática de exercícios e alimentação de forma correta. É que cada indivíduo reage de um modo aos exercícios. Além disso, a suplementação indicada somente por especialistas é um poderoso aliado para quem quer ganhar massa muscular: “É preciso fazer exames para se certificar que o organismo vai suportar os suplementos e a rotina de exercícios. São testes para conferir a funcionalidade de órgãos como rins e fígado, essenciais para metabolizar a suplementação”.
A nutricionista também chama atenção para outro mito que circula no senso comum. O de que as distorções de imagem só acontecem com mulheres. Ela revela que os homens estão cada vez mais insatisfeitos com a própria aparência. “Cada dia mais, eu recebo homens com um distúrbio chamado vigorexia nervosa. São jovens com distúrbio de auto-imagem, que querem ser cada vez mais fortes e não se vêem como realmente são", revela.
Marcus diz que ainda não está satisfeito com o corpo que tem, mas garante que cometa exageros com o próprio corpo: “Eu tenho objetivos, quero ser fisiculturista, então tenho que me empenhar mesmo. Tenho que chegar a um determinado peso para conseguir competir. Faço tudo com muita determinação, já mudei muitos hábitos para conseguir realizar meu objetivo. Não bebo, não saio, me alimento bem, durmo cedo, é outro estilo de vida”. Argumenta o estudante.