quinta-feira, 16 de junho de 2011

Lenço, peça fundamental no guarda-roupa feminino

Lenços da grife francesa Hermés

Usado por homens e mulheres o lenço é peça fundamental no guarda-roupa. Democrático e elegante, o acessório faz parte da vestimenta há anos. A primeira mulher que incorporou o adereço ao look foi a rainha egípcia Nefertiti em 1350 a.C. As mulheres muçulmanas têm a peça como obrigatória para sair de casa. E os chineses já usaram o lenço para identificar soldados de guerra.
No Brasil, a moda pegou em 1808 quando Carlota Joaquina desembarcou cobrindo a cabeça com um lenço, pois uma peste de piolhos no navio havia deixado a rainha careca. Assim que a viram usando o acessório, as mulheres passaram a copiá-la.
Mas a moda se popularizou mesmo na década de 1930 quando grifes francesas investiram em peças elaboradas e cheias de detalhes.

Para consultora de imagem Karol Sthar, os lenços são fundamentais. “Os lenços trazem mais sensualidade à mulher, e além de esquentar nos dias frios, garantem mais charme aos looks. Podem ser usados nas bolsas, nos cabelos, para fazer amarrações.”, diz a consultora.
Para ajudar na hora de compor o visual, assista ao vídeo com algumas dicas de como usar lenço.


Sylvia Dimittria e Marina Macêdo

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Métrica e Rima



A literatura de cordel é uma arte milenar que chegou no Brasil por meio dos portugueses durante o período de colonização. O nome está ligado ao fato de como eram comercializados em terras portuguesas, os folhetos eram pendurados em cordões de barbante e assim vendidos. O poema popular, que teve origem falada, é escrito em rimas e as estrofes mais freqüentes são as de seis, oito ou dez versos.

No Brasil a arte logo é remetida ao Nordeste, onde os próprios autores vendiam suas obras em mercados e feiras culturais. A literatura caiu no gosto popular e rompeu barreiras conquistando também o resto do Brasil.




Em Brasília, os talentos aparecerem cada vez mais um exemplo é o músico e cordelista Jairo Mozart, adepto da escrita. Com interesse em contribuir com a revitalização da memória nacional, não hesita em narrar momentos que marcaram a nossa história. Em entrevista com o autor, ele contou de sua preocupação com a alfabetização de crianças mais necessitadas, e vê esse tipo de literatura como um meio de ajudar no desenvolvimento escolar, afinal a leitura é de fácil compreensão.

Recentemente lançou o livro intitulado de A Saga De Rondon, o terceiro livro publicado do autor. Os primeiros foram A História do Cordel Conta em Cordel e Ser...Tão Veredas. “Procuro escrever sobre a identidade, patrimônio, meio ambiente e memória do Brasil”, conta Jairo.

A narrativa explica a trajetória de Cândido Mariano da Silva Rondon, mais conhecido como Marechal Rondon. Um exemplo de soldado que contribuiu no desenvolvimento do Brasil com instalação de linhas telegráficas e até hoje leva seu nome em projetos universitários.

Com pesquisa de mais de 34 livros e semanas trancado no Centro de Documentos de Exercito para estudar a vida de Rondon, Mozart desenvolveu o livro durante um período de um ano. Em poucas páginas, entre muitas rimas e boa escrita, a historia é contada.


Espetáculos estrangeiros ganham espaço em Brasília

Peça Persona Foto: Joana Linda

Em parceria com o FILO – Festival de Teatro de Londrina, os palcos do Centro Cultural Banco do Brasil Brasília recebem, neste mês de junho, espetáculos inéditos na Mostra Internacional de Teatro 2011. Já em sua 6ª edição, a mostra traz para a capital apresentações da Alemanha, Argentina, Finlândia e Portugal. Luiz Bertipaglia, que assina a curadoria do projeto em Brasília e a direção no Festival Internacional de Londrina, selecionou as peças que desembarcam aqui. São elas: Persona, de Ingmar Bergman, Keskusteluja, da companhia WHS da Finlândia e, para encerrar, Deluiso, com direção de Michael Vogel. “O festival possui o mesmo formato do de Londrina. É uma espécie de recorte do que será apresentado”, adianta Luiz Bertipaglia.

Nesta quinta e sexta, a montagem portuguesa Persona, de Ingmar Bergman e direção do cineasta João Canijo, sobe nos palcos. A proposta traz o filme do autor projeto na telona enquanto os atores interpretam exatamente o que está sendo mostrado. “Trata-se de uma interessante interlocução de duas artes: o cinema e teatro”, explica Luiz.

No final de semana, dia 18 e 19, é a vez do teatro finlandês Keskusteluja. Sob um novo olhar, a peça engloba um conjunto de artes que vai de dança até malabarismo. “O show é uma mistura de várias linguagens. É versátil e visual” ressalta o curador.

E para fechar com chave de ouro a mostra, do dia 23 a 26, a peça alemã Deluiso entra em cartaz. “É um dos carros-chefes da mostra e uma particularidade da encenação é o uso de máscaras feitas pelo próprio grupo”, lembra Bertipaglia.

Serviço:

MIT - Mostra Internacional de Teatro 2011 – De hoje a 26 de junho, às 21h.. No Teatro do Centro Cultural do Banco do Brasil Brasília (Setor de Clubes Esportivo Sul). Ingressos: R$ 15 (inteira) e R$ 7,50 (meia). Verifique a classificação indicativa. Informações: 3310-7087. Não recomendado para menores de 16 anos.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Shopping além das compras

Frequentar shoppings centers deixou de ser um passeio apenas focado nas compras. A agenda cultural oferecida pelos centros de compras atrai mais consumidores e a população começa a ver o shopping como ponto de encontro para bons eventos culturais. Em Brasília é uma opção a mais para os que gostam de teatro, música, dança e literatura.
 Para o escritor Éber Sander os shoppings se tornaram uma opção por reunirem tudo em único lugar. “O shopping é uma opção cultural pois une várias atrações, cinema, teatro, livrarias, música ao vivo.” , diz ele, que muitas vezes vai ao shopping apenas pelos eventos.  “Na maioria das vezes vou pelas atividades culturais, e a compra acaba sendo secundária.”, completa Éber.
Na programação tem de tudo, exposições, shows, espetáculos teatrais, e eventos para o público infantil. A intenção dos shoppings é trazer entretenimento enquanto o consumidor faz compras. Segundo Iara Rocha gerente geral do Iguatemi Brasília, o mix: atrações culturais junto às lojas atraem mais público. “Trazer entretenimento para os centros de compras é garantir lazer ao público, ao mesmo tempo agradamos e surpreendemos.”, afirma a gerente.
Outro ponto que atrai espectadores é a gratuidade das atrações. “O fato de existirem diversas atrações em um único ambiente faz com que o custo-benefício valha à pena.”, ressalta o escritor Éber.  Frequentar shopping é saudável culturalmente.

Fernanda Young no Palco Iguatemi / Foto: Iguatemi Brasília
Serviço:
O shopping Iguatemi Brasília realiza o Palco Iguatemi, o Stand-Up Iguatemi , além do “Domingo é dia de teatro” que traz espetáculos infantis gratuitos, todos os domingos, às 15h. Para mais informações acesse www.iguatemibrasilia.com.br .
Sylvia Dimittria

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Enxaqueca

Saiba mais sobre a doença crônica que atinge três vezes mais as mulheres do que homens

Basta a visão de Larissa Moreira, 24 anos, começar a embaçar para
ela já saber que uma crise dolorosa está por vir. A jornalista faz parte
dos 20% da população que sofre com enxaqueca. Ela conta que tem
crises há cerca de quatro anos, mas foi há um que os episódios se
tornaram mais comuns e surpreendentes e começaram a preocupar a
jovem.

A neurologista Carla Jevoux ajuda a entender a doença: “A
enxaqueca é uma desordem herdada geneticamente, ocasionada por
disfunções persistentes do córtex e/ou outras estruturas cerebrais,
que se manifesta por crises de dor de cabeça e outros sintomas
acompanhantes". Outro especialista no assunto, Dr. Henrique Braga
completa: "Os fatores desencadeantes de crises mais comuns são os
de origem alimentar (queijos, chocolates, castanha, bebida alcoólica)
e de origem emocional como stress e ansiedade". É o caso de
Larissa, que diz que sempre que se preocupa demais, sabe que vai ter
crises. "Quanto mais eu me estresso, mais eu vou sentir as dores. Em
mim, a enxaqueca se manifesta de várias formas" diz Larissa.

É fácil diferenciar uma dor de cabeça simples de uma crise de
enxaqueca. Os principais sintomas são dores intensas e
unilaterais, que se manifestam de maneira pulsátil ou latejante. As
dores podem vir acompanhadas também de náuseas e fotofobia e
fonofobia, que são, respectivamente, sensibilidade excessiva á luz
e ao som. Outros sintomas comuns são distúrbios visuais, disfunção
cognitiva, fadiga, sensibilidade à odores e toque.

Google Images


A doença pode se manifestar ainda na infância, quando a incidência
de casos entre meninos e meninas é praticamente igual. A partir
dos 12 anos, no entanto, quando a mulher passa a menstruar e
tem uma variação hormonal, a prevalência se torna maior nelas e
começa a afetar na qualidade de vida. De acordo com critérios da
Organização Mundial de Saúde (OMS), a migrânea encontra-se entre
as 20 doenças mais incapacitantes do mundo (19ª causa entre adultos
de ambos os sexos e 12ª causa entre as mulheres). Essa avaliação
levou ao reconhecimento da enxaqueca como uma doença que afeta
significativamente a população.

Os tratamentos, no entanto, não são apenas sintomáticos. Depois
do diagnóstico feito, medidas preventivas podem ser tomadas.
O diagnóstico da enxaqueca é clínico, ou seja, baseado nas
características dos sintomas relatados pelo paciente. Os exames
realizados são apenas para descartar a possibilidade de outras
doenças mais graves como tumores, aneurismas cerebrais e infecções
do sistema nervoso central ou sistêmicas.

Larissa Moreira, que procurou neurologista e psiquiatra para conseguir
dar um fim as suas crises cada vez mais frequentes e dolorosas, se
diz satisfeita. "O tratamento faz com que as crises se tornem cada
vez mais espaçadas e brandas, já que não há cura para a enxaqueca.
Para mim, está funcionando aos poucos. Depois que iniciei a
medicação, nunca mais tive fortes crises, apenas dores de cabeça
mais brandas, tratáveis com medicamentos leves" conclui.

A migrânea não tem cura, como dito anteriormente, é uma doença
crônica. Mas é possível conviver com ela se o portador tomar as
medidas certas. Os neurologistas Carla Jevoux e Henrique Braga
fazem coro ao afirmar que o melhor a se fazer quando as crises
começam a ficar mais frequentes é procurar um especialista e não se
auto-medicar.



Clara Sousa

Mitos e Verdades da Nutrição Esportiva

A preocupação excessiva com a estética é um viral da sociedade moderna, ainda mais quando o assunto é o próprio físico. São tantos produtos, teorias de como emagrecer, remédios, novas formas de se exercitar e tratamentos revolucionários para alcançar ‘o corpo dos sonhos’, que fica fácil se confundir sobre o que é certo ou não na hora de perseguir um novo visual.

Segundo Luciane Félix, nutricionista esportiva e clínica funcional há nove anos, existem muitos mitos que relacionam a alimentação correta para quem quer atingir um objetivo com a malhação – seja emagrecer ou ganhar massa muscular. O primeiro deles diz respeito a fazer exercícios em jejum. “Muitas pessoas malham em jejum achando que vão queimar mais gordura. Isto, além de não ser verdade, é risco para quem pratica qualquer atividade. A pessoa pode sofrer uma hipoglicemia [baixa de açúcares no sangue] durante o treino, sentir-se fraco e até desmaiar. Além disto, também pode fazer a pessoa perder massa muscular” alerta a profissional.

Se engana também quem pensa que o carboidrato tem que ser evitado a todo custo. “Achar que só tem que comer proteína também é um equívoco. Quando realizamos atividades físicas, nosso corpo necessita repor energia e fibra muscular. A combinação ideal para adquirir isto é dar uma balanceada entre proteína e carboidrato, principalmente após os treinos”, afirma.

O estudante de Comércio Exterior, Marcus Vinícius Oliveira, 20 anos, nunca consultou um profissional, mas garante que não cai em armadilhas e mitos da nutrição esportiva. “Claro que é importante a ajuda de uma profissional, mas as pessoas que têm muita experiência na área, que malham há muito tempo, também podem ajudar”. Ele conta que no começo da musculação não se alimentava direito, mas começou a se preocupar com isso quando quis aumentar sua massa muscular.

Há dois anos, Marcus começou a malhar e confessa que já ganhou 20 kg de músculos, fruto de muito esforço e consultas aos amigos mais experientes, além de pesquisar sobre o tema na internet: “Vejo vídeos sobre o assunto em que especialistas e nutricionistas esportivos falam sobre alimentação correta e suplementação, por exemplo”.


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Luciane alerta para os perigos de “fórmulas mágicas”, que segundo ela não existem. Ela salienta que os bons resultados estéticos são a combinação perfeita entre a prática de exercícios e alimentação de forma correta. É que cada indivíduo reage de um modo aos exercícios. Além disso, a suplementação indicada somente por especialistas é um poderoso aliado para quem quer ganhar massa muscular: “É preciso fazer exames para se certificar que o organismo vai suportar os suplementos e a rotina de exercícios. São testes para conferir a funcionalidade de órgãos como rins e fígado, essenciais para metabolizar a suplementação”.

A nutricionista também chama atenção para outro mito que circula no senso comum. O de que as distorções de imagem só acontecem com mulheres. Ela revela que os homens estão cada vez mais insatisfeitos com a própria aparência. “Cada dia mais, eu recebo homens com um distúrbio chamado vigorexia nervosa. São jovens com distúrbio de auto-imagem, que querem ser cada vez mais fortes e não se vêem como realmente são", revela.

Marcus diz que ainda não está satisfeito com o corpo que tem, mas garante que cometa exageros com o próprio corpo: “Eu tenho objetivos, quero ser fisiculturista, então tenho que me empenhar mesmo. Tenho que chegar a um determinado peso para conseguir competir. Faço tudo com muita determinação, já mudei muitos hábitos para conseguir realizar meu objetivo. Não bebo, não saio, me alimento bem, durmo cedo, é outro estilo de vida”. Argumenta o estudante.




Clara Sousa e Mariana Menezes

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Grupos teatrais de Brasília

As primeiras manifestações teatrais em Brasília aconteceram na década de 70. Muitas companhias se destacavam no cenário brasiliense entre elas o Grupo Grutta e Pitu que, em 1979, participou da I Mostra de Teatro Amador de Brasília, no Teatro Galpão. Nessa época, grandes nomes estavam por trás do teatro na capital. Hugo Rodas era um dos principais diretores dos anos 70, e responsável por difundir o teatro por aqui.

Na década de 80, alguns espetáculos se destacaram por sua linguagem particular vinculada à identidade local, como a peça “Capital da Esperança”, dirigida por Humberto Pedracinni.

Nos anos 90 foi criada, por Mangueira Diniz, a Oficina Perdiz, local onde os artistas apresentavam e estudavam arte, o que inovou o teatro em Brasília. Em 1991 foi apresentado no Lago Paranoá o espetáculo “Bella ciao”. Dentro do lago, atores ficaram presos ao teto da Oficina Perdiz enquanto encenava.

Foi também nos anos 90 que surgiram, no DF, grupos de teatro voltados para o humor. A Companhia Os Melhores do Mundo, que começou com o nome “A Culpa é da Mãe”, é, hoje, um dos maiores grupos teatrais do gênero no Brasil. O grupo incentivou outros artistas brasilienses a seguir por este caminho. Os Setebelos, o Grupo G7 e a Companhia de 4 é melhor, atuam na capital apresentando peças humorísticas misturadas ao estilo stand up.

Além dos grupos humorísticos que são uma marca na capital, outros grupos se destacam por fazer teatro convencional, exemplo disso é o S.A.I (Setor de Áreas Isoladas). Criado em 2003, o grupo participa de projetos educativos e de inclusão teatral para alunos de escola pública.

Grupo S.A.I no espetáculo Vialenta

A diversidade de propostas na cena teatral brasiliense é muito grande. Há muitos artistas pesquisando metodologias de treinamento para atores, outros pesquisando novos processos para criação de dramaturgia, outros buscando interagir com o espaço urbano e com a identidade da cidade.

Sylvia Dimittria